São Paulo, sábado, 15 de janeiro de 1994 |
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Governo acompanha variação em três anos
DA REPORTAGEM LOCAL O governo tem pronto estudo com a variação de preços dos últimos três anos –de janeiro de 90 a dezembro de 93– de todos os setores da economia. A idéia, explicou Milton Dallari, assessor especial do Ministério da Fazenda, é ter um parâmetro dos preços do varejo e da indústria na hora de converter o valor do produto para URV (Unidade Real de Valor)."Mas isso não significa que voltou o controle de preços", disse. Segundo Dallari, com estas informações, coletadas junto à Sunab, Fipe e FGV, o governo vai acompanhar a conversão de cruzeiro reais para URV e dialogar com os setores que elevarem seus preços acima da média. Ele acrescentou que o governo tem instrumentos legais para coibir aumentos considerados abusivos, como as leis de defesa econômica e anti-dumping. Dallari disse, sem citar números, que entre os setores que menos eleveram os preços nestes três anos está o de massa. Um dos campeões de reajuste é o farmacéutico. Ontem, o assessor especial da Fazenda se reuniu com representantes da indústria de alimentos e de carne. Nas reuniões, foram esclarecidas dúvidas dos empresários sobre o plano de estabilização. Segundo Dallari, a previsão da equipe econômica é de aprovar o ajuste fiscal até o final de janeiro e, a partir daí, começar a adesão à URV. A primeira dúvida dos empresários refere-se à conversão de preços –será pela média ou pelo pico. "A adesão pelo preço médio do produto é o mais racional", disse Edmundo Klotz, presidente da Abia (Associação Brasileira das Indústrias de Alimento). Segundo Dallari, alguns setores poderão provar com dados que não é possível converter seus preços pela média. "O governo está aberto para o diálogo", disse Dallari. Outra questão refere-se a cobrança de tributos. Klotz exemplificou que as faturas são emitidas em uma data e pagas 30 dias depois. "É preciso saber quem vai arcar com a variação do cruzeiro real em relação à URV nesse período", disse. Texto Anterior: Números Próximo Texto: 'Diário Popular' quer editar lista telefônica Índice |
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