São Paulo, sábado, 15 de janeiro de 1994
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Operação combate mosquito da dengue

Pela primeira vez na atual administração de Ribeirão Preto, prefeitura e iniciativa privada se unem para conter o avanço da infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Hoje, 500 homens e 80 caminhões estarão nas ruas, das 7h às 18h, para os serviços de limpeza e conscientização dos moradores.
Ribeirão viveu uma epidemia da doença em 91, quando 23 mil pessoas foram infectadas, segundo levantamento da USP. Este ano, já foram registrados 11 casos suspeitos de dengue, mas nenhum deles foi confirmado. O último levantamento feito pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) aponta que o índice médio de infestação do mosquito na cidade é de 0,9 a cada 100 casas visitadas. O índice passa a ser preocupante quando ultrapassa a casa dos 5. A média da região de Ribeirão Preto é de 6,6. A única cidade que já tem casos confirmados de dengue este ano é Barretos, apesar de o índice medido pela Sucen estar em 0,9.
A prefeitura destina CR$ 10 milhões para essa "operação arrastão". Outros CR$ 3 milhões estão sendo investidos pela iniciativa privada, com base nos custos das horas de serviço dos veículos e de seus funcionários.
Cinco empresas já confirmaram a participação direta nos trabalhos –REK Construtora, Indústria de Papel e Papelão Ribeirão Preto, Leão & Leão, Spel e Destilaria Galo Bravo. Elas devem colocar nas ruas 23 caminhões, que vão percorrer os bairros mais afastados do centro.
Para o diretor de produção da REK, Nelson Nicastro, 52, o objetivo é evitar uma proliferação do mosquito da dengue igual à que ocorreu em 91.

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