São Paulo, sábado, 15 de janeiro de 1994
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Família de clandestino carioca que morreu em avião quer indenização

DA SUCURSAL DO RIO

A família de Alexandre Felipe da Silva anunciou ter entrado com processo contra a Varig e a Infraero pela morte do rapaz, ocorrida durante o vôo Rio-Roma que deixou o Aeroporto Internacional no dia 31 de dezembro passado. Silva, 19, viajava como clandestino no compartimento do trem de pouso do avião. Ele foi enterrado ontem, no cemitério São João Batista (zona sul do Rio de Janeiro).
A advogada Valeriana Canuto de Souza disse que o processo foi impetrado no setor de varas cíveis da Justiça Federal. Ela requereu uma indenização entre 100 e 500 salários mínimos, por danos morais e perda de receita. A indenização beneficiaria a mãe da vítima, Lucelena da Silva Corrêa, e os cinco irmãos menores.
Omissão
A Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) informou que não pretende se manifestar sobre o processo antes de ser notificado sobre ele de forma oficial.
A Assessoria de Comunicação Social da Varig disse que, quando for avisada do processo, o assunto será resolvido pelo departamento jurídico da empresa. A Fundação Rubem Berta, administradora da Varig, foi quem pagou o enterro, assistido por cerca de 50 pessoas.
O corpo de Silva chegou ontem de madrugada ao Brasil. A mãe dele não quis falar durante o enterro. O pai, Wilson da Silva, disse não saber por que o filho decidiu viajar como clandestino.

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