São Paulo, sábado, 15 de janeiro de 1994
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Gosto musical é muito eclético

CAMILO ROCHA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Algumas das bandas preferidas pelos crusties saíram do circuito dos Free festivals (festivais livres) para boas posições na parada britânica. O Back To The Planet é uma mistura de guitar pop com tecno, dub e efeitos espaciais. O Ozric Tentacles é rock progressivo com levadas reggae. O Levellers (que chegou em primeiro na parada pop) traz de folk à pop dançante. O Senser é rap panfletário. Além disso, os crusties ouvem de rap a rave, de dub a ambiente, de reggae a rock psicodélico.
Os eventos que mais serviram para espalhar o ideal crusty foram os festivais livres. Não se pagava nada para entrar nesses festivais, que não visavam lucro. O retorno, só para cobrir os gastos, vinha das mini-cidades do comércio que se formavam em volta deles. A maioria dos donos e trabalhadores desse comércio eram saídos da nação crusty. Uma prova de que seu ideal de auto-suficiência é viável.
A apoteose dos festivais livres foi em 92, em Castlemorton, tranquila localidade rural em Somerset, sudoeste inglês. Durante seis dias, 25 mil pessoas festejaram e enlouqueceram a base de sol, música, estimulantes e chapantes de toda ordem.
A imprensa sensacionvlista registrou com choque a "libertinagem e sujeira" que se viveu em Castlemorton. A polícia assistiu de longe, legalmente impedida de tomar uma atitude. O governo da Inglaterra se sentiu pressionado a fazer algo a respeito.

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