São Paulo, sábado, 15 de janeiro de 1994
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Atriz diz que deseja adotar mais um filho

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Em meio à batalha judicial pela custódia de seus filhos, a atriz Mia Farrow pretende adotar mais uma criança, revelou a United Press. Enquanto isso, os advogados do cineasta Woody Allen entraram com uma apelação na Corte Estadual de Manhattan contra a decisão do juiz Elliot Wilk, que havia dado ganho de causa a favor de Farrow em junho de 93.
Segundo um porta-voz da atriz, Farrow está interessada em adotar uma criança vietnamita cega de 18 meses de idade. Mia Farrow tem três filhos biológicos, dois de seu primeiro marido, o maestro André Previn, e outro de seu romance de 13 anos com Woody Allen. A disputa na justiça está centrada nessa criança, Satchel, 5, e nos outros dois filhos adotados pelo casal, Dylan, 7, e Moses, 16. Além destes, Farrow tem outros oito filhos adotivos.
Considerado pelo juiz Wilk como um pai "despreparado", Allen tenta reverter a decisão anterior contratando quatro escritórios de advocacia. Allen reivindica o direito de visitar seus filhos com mais frequência, como também tenta anular o pedido de Farrow por um ressarcimento pelos gastos com advogados e despesas do processo.
A questão complicou-se, ainda no começo de 1993, em função do caso amoroso entre o cineasta e Soon-Yi Previn, 21, adotada por Farrow e seu primeiro marido. Além disso, a atriz denunciou Allen de haver molestado sexualmente sua filha Dylan em 1992, mas duas investigações conduzidas pelas autoridades do estado de Conecticut não acharam provas que apoiassem as acusações criminais.
No último domingo, Allen concedeu uma entrevista de uma hora para o programa indepente inglês "South Bank Show", na qual contou que para se afastar dos seus problemas pessoais, "enterrou-se no trabalho". O diretor disse que jamais desistiria de filmar, caso não conseguisse mais financiamento em virtude das acusações sobre sua vida particular. Disse também que se ficasse impedido de trabalhar com cinema, partiria para a criação de peças de teatro. "Mesmo que ninguém aceitasse produzir minhas peças, eu me sentiria feliz em ficar em casa e escrever livros", completou.

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