São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994
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Auditoria não explica US$ 102 mil de Ibsen

TALES FARIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A auditoria bancária que o deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) pediu à empresa Trevisan e Associados não consegue explicar depósitos de US$ 102,6 mil nas contas do parlamentar entre abril de 89 e junho de 93. O relatório, que seria a principal peça de defesa de Ibsen, reforçou a decisão da Subcomissão de Bancos de pedir sua cassação. O relator-geral da CPI, deputado Roberto Magalhães (PFL-PE), já informou à subcomissão que aceitará a proposta de cassação.
Ontem, a subcomissão ainda estava analisando o relatório. Mas só o fato de a auditoria não ter conseguido explicar a origem dos US$ 102 mil levou seus membros a concluírem pela cassação.
No relatório da Trevisan foram listados todos os depósitos sem explicação. Foram cerca de US$ 43.518 no Banco do Estado do Rio Grande do Sul, US$ 54.574 no Banco do Brasil e US$ 4.606 no Banco Meridional.
A movimentação total nas contas de Ibsen, segundo a Trevisan, foi equivalente a US$ 2.444.423,07. A CPI havia apurado um valor menor: cerca de US$ 2.340.000.
A Folha telefonou três vezes ontem para a casa do deputado Ibsen Pinheiro em Brasília e outras cinco para a casa e escritório do deputado em Porto Alegre. Ninguém atendeu as ligações.

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