São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994
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Seleção viveu humilhações

SÍLVIO LANCELLOTTI
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

Apesar da quantidade e da qualidade dos seus craques, o futebol do Brasil viveu de humilhações até a década de 40. A Argentina, o Uruguai e até o Peru, o campeão continental de 39, em inúmeras ocasiões se divertiram com os fracassos tupiniquins.
Por aqui, não faltavam grandes jogadores, como Arthur Friedenreich, Luís "Feitiço" Macedo, ou Fausto. As crônicas brigas entre os dirigentes do Rio e de São Paulo só atrapalhavam as carreiras de tais atletas na seleção.
Depois das derrotas nas Copas de 30 e 34, os cartolas acabaram firmando um pacto precário para o Mundial de 38. Pena que, na França, a delegação ficasse sem comando, os dirigentes mais interessados em festinhas regadas a champanhe, na companhia de cantoras de cabaré.
Alguns jogadores, liderados pelo capitão Martim, ainda ensaiaram uma denúncia pública da irresponsabilidade de seus chefes. Martim nunca mais vestiu a camisa do Brasil.
(SL)

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