São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994
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Cachorro-quente é o lanche mais perigoso

THAÍS OYAMA
DA REPORTAGEM LOCAL

Hot-dog é o mais perigoso dos lanches
A salsicha fica sem refrigeração, nem sempre é bem-cozida e, depois de pronta, é mergulhada em água que favorece bactérias
Para quem não resiste a um lanche na calçada, a nutricionista Eliete Salomon Tudisco, 48, aconselha: siga as recomendações de amigos e procure sempre os mesmos ambulantes, aqueles que pelo menos aparentemente se preocupam com a higiene no trabalho e cujos produtos, já testados, não causaram reações em quem os consumiu.
Eliete, que é professora-adjunta da Escola Paulista de Medicina, afirma que, entre os alimentos vendidos por ambulantes, o que mais oferece risco de contaminação é o hot-dog.
Os motivos: a salsicha, produto altamente perecível, geralmente não fica acondicionada em lugar refrigerado, nem sempre é cozida durante o tempo necessário (entre 15 e 20 minutos) e, depois de pronta, é mergulhada em água aquecida, o que favorece a proliferação de bactérias.
Seus acompanhamentos são outro agravante: maionese, vinagrete, purê de batata –todos produtos sujeitos a rápida deterioração, especialmente no verão.
A professora explica que nem sempre o consumo de alimentos contaminados por bactérias provoca reações no organismo. "Na verdade, tudo o que é vendido na rua oferece riscos –do chamado 'sorvete caseiro' ao sanduíche de pernil", afirma Eliete.
No caso do sorvete, o problema é a sua matéria-prima básica, a água. "Nunca se pode ter certeza de onde veio", diz.
A nutricionista disse que só não resiste a uma coisa: pastel de queijo. "Não que seja garantido, mas como ele é sempre frito em óleo bem quente, tem menos chances de causar problemas", diz. (Thaís Oyama)

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