São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pequenas obras de arte são bom negócio

VERA BUENO DE AZEVEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

Nem só de grandes negócios vive o mercado de arte. Prova disto é o bom desempenho de alguns segmentos de objetos de menor valor, que vêm atravessando sem problemas a crise que o setor enfrenta desde o Plano Collor 1, em 1990.
O segmento dos pequenos objetos antigos é um bom exemplo. Popular e diversificado, ele é formado for peças de até 10 cm de altura, que decoravam a sala de famílias tradicionais do final do século passado e início deste, dentro de armários-vitrines.
A partir da década de 50, quando o modernismo passou a predominar na arquitetura e decoração de interiores, estes objetos ficaram esquecidos por um longo tempo, sendo vendidos aos lotes, por qualquer preço, em pequenos antiquários.
Apenas no início dos anos 80 começaram a reaparecer, para ocupar seu lugar no mercado de arte, conservado até hoje. Como os armários-vitrines ficaram difíceis de se encontrar, as pequenas peças passaram a decorar estantes, mesas de centro e cantoneiras.
A procura foi aumentando e hoje eles são disputados em leilões e antiquários de renome por um grande número de pretendentes. "É um mercado interessante, que desperta a curiosidade, composto por bibelôs, pequenas esculturas de bronze e marfim, perfumeiros, imagens sacras e miniaturas em geral", diz Horst Zander, do antiquário Altenburg.
Zander destaca também que é um segmento voltado para o pequeno investidor e colecionador, que encontra peças antigas, feitas com material de primeira qualidade e um rico trabalho de artesanato por valores que variam entre US$ 50 e US$ 1.200.
Outras peças maiores, mas também com preços acessíveis e bastante procuradas, são destacadas por Zander. Entre elas estão os relógios de parede, os carrilhões, os pratos de porcelana e os lustres antigos.
"Há muita procura por objetos de arte de menor valor", diz Zander. Ou seja, se você quer comprar obras de arte que custem entre US$ 50 e US$ 250, pode fazer um bom negócio. Mas, se quer vender, saiba que os antiquários e leilões de renome no mercado as aceitam de bom grado.

Texto Anterior: Poupança terá ganho ínfimo
Próximo Texto: Tire o documento no correio
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.