São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994 |
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Boas maneiras viram regra no trabalho
DENISE CHRISPIM MARIN
"As empresas notaram que sua imagem é a maior prejudicada quando um funcionário comete uma indelicadeza em público e diante de um cliente ou subordinado", afirma o consultor de marketing pessoal Otto Reiter, 69. "O refinamento do executivo é mais um diferencial na hora da sua avaliação", completa. Nos Estados Unidos, universidades e algumas empresas chegam a oferecer cursos de boas maneiras nos negócios. No Brasil, essa atitude ainda depende da iniciativa de cada um. "O profissional deve ser autocrítico e ter a coragem de procurar um curso de etiqueta empresarial se considerar necessário", afirma Luiz Carlos Cabrera, 49, diretor da PMC-Amrop International, consultoria especializada na "caça " de executivos para o topo das empresas. Segundo Cabrera, empresas mais formais, como bancos que lidam com clientes sofisticados, costumam exigir que seus gerentes e diretores "tenham tomado chá quando criança". O mesmo refinamento não é regra em uma transportadora, por exemplo. Mas uma norma está sendo assimilada como lei absoluta no ambiente de trabalho: o relacionamento mais cordial. "Não existe mais futuro para chefes mal-educados ou pessoas com comportamento difícil", afirma Francisco Soeltl, 43, atual diretor de novos negócios da Lix Empreendimentos. Soeltl também foi o responsável pela implantação de programas de gestão participativa e de desburocratização na Alcoa, no final dos anos 80, que resultaram na mudança do perfil dos executivos da empresa. "Um grande passo foi as chefias deixarem de lado a postura autocrática e adotarem uma função de facilitadores do trabalho de suas equipes." Texto Anterior: Aprenda a ser 'chique' Próximo Texto: Promoção veio em seis meses Índice |
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