São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994
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Campeonato reinicia em março com novos times

ANDRÉA FORNES
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE TÓQUIO

O campeonato de futebol do Japão recomeça no dia 12 de março com 12 times. Júbilo Iwata e Bellmare Hiratsuka foram promovidos à categoria profissional pela J-League, a liga inaugurada em maio passado. Em dez anos, esse número deve chegar a 16. O holandês Hans Ooft, que comandou a seleção japonesa durante as eliminatórias para a Copa do Mundo dos EUA, foi contratado para ser técnico do Júbilo até o final de 1995.
A segunda temporada nipônica promete mudanças na composição das equipes. Os brasileiros Zico, Rui Ramos (naturalizado japonês) e Bismarck ainda não renovaram contrato com seus times. O jogador do Vasco disse que tentará comprar o próprio passe para então decidir se joga no Japão, na Espanha ou no Brasil este ano. Edu, irmão mais velho de Zico, pode assumir já em fevereiro a posição de técnico do Kashima.
Pelo menos três times decidiram fazer substituições antes do início do campeonato. Eijun Kiyokumo treinará os jogadores do JEF United no lugar de Yoshikazu Nagai, que fica responsável pelos juniores. Gordon Milne (ex-Leicester, da Inglaterra) assinou contrato com duração de dois anos com o Grampus, de Gary Lineker. Takaji Mori deixa o Urawa Red, que deve ser comandado por Erick van Rossum (Yomiuri Verdy).
Saburo Kawabuchi, presidente da J-League, disse recentemente que não pensou que o futebol pudesse se tornar um esporte tão popular no Japão. "Não estava certo dos resultados um ano atrás. Acredito que 60% do sucesso da profissionalização se deve à exposição que tivemos na mídia." A média de público que frequentou os estádios durante o primeiro campeonato foi de 17 mil pessoas, um número recorde para o país do sumô e do beisebol.
Introduzido em 1873 no Japão, o futebol se modernizou somente nesta década. A rede de franquias Category One, coligada da Sony, desenvolveu uma série de produtos para popularizar a liga. No total, 105 lojas especializadas e 36 franqueadas comercializam os artigos. O resultado? Faturamento de US$ 7,3 milhões em um ano.
(AF)

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