São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994
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Construtoras oferecem opção na planta

DA REPORTAGEM LOCAL

As construtoras de prédios residenciais já estão trabalhando com plantas móveis. Dos 256 apartamentos de dois quartos do Residencial Easy Life, por exemplo, um edifício ainda em lançamento em Santana, dez foram integrados dois a dois, a pedido dos proprietários.
A empresa responsável pelo empreendimento, a construtora Walfrido de Carvalho, refez o projeto e cinco unidades terão, então, três dormitórios e uma suíte, distribuídos em uma área de cerca de 100 m2. Como o lançamento não previa essa unificação, foi cobrada uma taxa adicional de 5% a 7% (cerca de US$ 1.800) sobre o preço de cada apartamento (US$ 30 mil, em média).
Custo
"Mesmo assim, um apartamento desses por cerca de US$ 60 mil ainda é barato", afirma um dos sócios da empresa, o engenheiro Cláudio Landi de Carvalho, 32. Segundo ele, em apartamentos a preço de custo é comum esse tipo de modificação, e cada vez mais os proprietários pedem para integrar duas ou mais unidades. "Fizemos isso em uma infinidade de prédios", diz.
O mesmo aconteceu em um edifício da construtora Stuhlberger, na rua Arthur Saboya, na Vila Mariana. Lá, três apartamentos foram entregues já duplicados, embora a empresa também não incluísse em seus planos a possibilidade de alteração do projeto. Por isso, a empresa institui, nesse caso, um sistema de crédito e débito para as mudanças de última hora.
Vendas
Dessa experiência, no entanto, a Stuhlberger criou uma nova modalidade de vendas. Em outro empreendimento, ainda em fase de construção, está prevista a opção de compra de dois apartamentos para transformar em um. O Central Point, no centro da cidade, é um edifício com 16 andares de um dormitório cada e não há acréscimo no preço (US$ 40 mil) caso o proprietário deseje integrar dois apartamentos. "Nós temos uma plantinha pré-determinada para esse caso e seis pessoas fizeram essa opção", explica Vítor Wjuniski, 39, um dos sócios da construtora.

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