São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994
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Confeiteira vende 'esculturas' doces

Bolo em forma de US$ 100 sai mais

DA REPORTAGEM LOCAL

Fazer bolos exóticos é o negócio de Maria Luiza Ricci, 36. Eles são verdadeiras "esculturas" e podem ter qualquer formato: desde uma árvore de Natal em pé até um jornal, passando por um piano ou um automóvel. Tudo pode ser transformado em um bolo.
Maria Luiza tem um álbum de fotografias com 2.000 modelos de bolo, "mas o cliente pode pedir o que quiser que eu desenvolvo o tema". Os mais procurados são em forma de notas de US$ 100,00, cenas de família e "o pique-nique dos ursinhos". Segundo a confeiteira, os bolos mais "esquisitos" que já fez imitavam um pé com joanete e dois seios.
Ela afirma que demora mais de um dia para fazer os confeitos de formatos mais sofisticados. No entanto, há modelos mais simples, que podem ser feitos em três horas. Por esses, Maria Luiza cobra em torno de CR$ 8.500 o quilo. A maioria dos trabalhos pesa mais de três quilos.
Formada em artes plásticas, ela aplica nos bolos os conhecimentos adquiridos na faculdade. "As invés de trabalhar com material de desenho ou estamparia, por exemplo, faço confeitaria em bolos". Ela entrou no negócio há pouco mais de quatro anos, fazendo bolos enfeitados para os aniversários do filho e da avó.
Os bolos são normais, feitos à base de farinha, ovos e leite, com recheios variados. Na cobertura é que está o segredo. Ela faz toda a cobertura e miniaturas de figuras ou pessoas em marzipã (uma massa elaborada com amêndoas e açúcar). Para colorir, usa corantes importados, que custam entre US$ 3,00 e US$ 5,00 o frasco.
A confeiteira também vende o marzipã na forma bruta ou em peças já esculpidas para quem quer enfeitar seu próprio bolo. Nos seus planos estão começar a fazer biscoitos enfeitados, entrar na linha de dietéticos e abrir uma loja.

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