São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994
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Nova versão de quitanda atrai clientes apressados

ROBERTA JOVCHELEVICH
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A tradicional quitanda deu origem a um novo conceito de negócio na área de abastecimento. São pequenas lojas de vizinhança, que têm como carro-chefe frutas e verduras, mas vendem também alguns produtos básicos de consumo diário em uma casa.
Essas lojas não têm o objetivo de concorrer com feiras, supermercados de bairro ou lojas de conveniência. Com espaço bastante reduzido, elas buscam consumidores sem tempo para percorrer barracas atrás de verduras ou de frutas e pessoas à procura de produtos de última hora.
As casas, em geral, funcionam em horários diferenciados –justamente para atrair o consumidor desprevenido–, trabalham com produtos de qualidade e cobram preços mais elevados que os de feiras livres e supermercados.
Na rede Quitanda Plus, que conta com seis unidades espalhadas pela Grande São Paulo, as lojas abrem de segunda a sábado, das 8h30 às 22h, e aos domingos, das 9h30 às 14h. "Como nosso objetivo é atender principalmente a vizinhança, saímos do horário padrão do comércio", afirma João Leopoldo Rocca, 52, sócio.
O investimento varia de acordo com o tipo de estabelecimento. A opção pela instalação de caixas automatizados e equipamentos de refrigeração, por exemplo, encarece o negócio, mas traz benefícios. O espaço mínimo depende da variedade de produtos comercializados –congelados, bebidas e produtos de higiene e limpeza. "Sabendo separar as mercadorias, dá para ter variedade em espaço pequeno", afirma Tereza Onaga, 47, gerente da Alphatem, da rua Melo Alves, nos Jardins.
As lojas Quitanda Plus têm entre 100 m2 e 120 m2. Na linha de produtos básicos, a loja optou por trabalhar com no máximo duas marcas.

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