São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994 |
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O tempo da obsessão
INÁCIO ARAUJO "Hiroshima Meu Amor" é a história de uma renegada: a jovem francesa que, com seu país ocupado, ousou apaixonar-se por um alemão. Ela carregará a lembrança do episódio, uma década depois. Então, o pessoal se deixará recobrir (não anular) pela tragédia humana: a bomba, Hiroshima. O passado se reencontra no presente, como permanência. A catástrofe se faz reviver em cada gesto de cada personagem. "Hiroshima" é um filme da memória, com certeza. Mas é, mais do que isso, um filme do som, da poesia, da perda, do tempo, da sensualidade dos corpos e das palavras, do tempo obsessivo, do coração, do perigo. E também da incerteza. (IA)HIROSHIMA MEU AMOR (Hiroshima Mon Amour). França1959, 88 min. Direção: Alain Resnais. Com Emmanuelle Riva, Eiji Okada. Em preto-e-branco. Legendado. Na Bandeirantes. Texto Anterior: Caça ao falcão é obrigatória Próximo Texto: Quase todos se salvam no novo pacote de enlatados da Globo Índice |
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