São Paulo, terça-feira, 18 de janeiro de 1994
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O padre no palanque

Sempre que o assunto é estratégia eleitoral, políticos baianos gostam de lembrar um caso ocorrido no interior de seu Estado durante os anos 50. Numa pequena cidade, chegava à reta final a corrida pela prefeitura. O candidato favorito era o padre da região.
Preocupados, seus adversários ameaçaram: se o padre montasse o palanque para seu comíco final na praça da cidade, todos os moradores seriam logo informados dos nomes dos filhos do candidato espalhados pela região. Um padre com filhos certamente não teria futuro político.
O padre soube da ameaça. Seus amigos ficaram em pânico.
Mas o candidato nem dava bola. Diante de tanta tranquilidade, os amigos acharam que o padre havia enlouquecido. Ele então pediu calma e lembrou que, por ser padre, era também o confessor das mulheres de seus adversários. E mandou uma contra-ameaça:
– Meus adversários podem até dizer quem são meus filhos na cidade, mas eu entrego os nomes de todos os que não são filhos deles.
O padre fez o comício e venceu a eleição.

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