São Paulo, terça-feira, 18 de janeiro de 1994
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Tremor de terra ocorre perto das falhas

DA "NEW SCIENTIST"

Quase todos os terremotos do mundo acontecem perto das fronteiras entre as placas que formam a superfície da Terra, como a falha de San Andreas, na Califórnia. Eles não ocorrem a esmo. Seguem um padrão. Os tremores de terra são resultado de choques no interior do planeta, que liberam energia na forma de ondas sísmicas.
O choque pode ser uma ruptura repentina numa falha, uma fratura que percorre várias camadas de rochas. As ondas sísmicas se irradiam a partir da fonte (ou foco) do terremoto. O epicentro é um ponto na superfície imediatamente acima do foco. É onde o terremoto tem efeitos mais notados.
Há aproximadamente um terremoto por dia em algum lugar do planeta. Terremotos de grande porte ocorrem uma vez por semana. Mas eles só são notados perto das regiões povoadas, ou então quando provocam grandes ondas. A maior parte dos balos sísmicos é tão pequena, ou ocorre em profundidades tão grandes, que só é detectada pelos sismômetros.
Cientistas descobriram que as propriedades das rochas e dos sedimentos abaixo da superfície influenciam o padrão das vibrações do terremoto. A areia, por exemplo, oscila de maneira menos previsível do que rochas sólidas, causando maiores danos.
O tipo de terremoto também depende dos processos que ocorrem perto das placas tectônicas que constituem a crosta terrestre. Na Califórnia, a falha de San Andreas marca a divisa entre a placa do Pacífico, que se move para o norte, e a placa norte-americana, que ruma ao sul. Terremotos perto dela tendem a possuir o mesmo tipo de movimento, horizontal. Em geral esses terremotos têm pouca profundidade.
Algumas falhas deslizam de modo imperceptível. É possível mapear aquelas que são ativas e tentar identificar pontos de prováveis futuros terremotos. Mas eles ainda são imprevisíveis.

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