São Paulo, quinta-feira, 20 de janeiro de 1994
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Moda "simples" deixa de ser assim tão simples no dia-a-dia

ERIKA PALOMINO
COLUNISTA DA FOLHA

Quando os estilistas mostraram em Nova York suas coleções na última temporada, a imprensa de lá caiu em cima. É que, preocupados com a figura da mulher executiva, moderna, que nos anos 80 foi um dos totens da cultura e da moda americanas, os jornalistas não viram uso para tantas roupas curtinhas, transparências e excessos em seu 'casual style'. O "USA Today", por exemplo, esbravejou: "Será que os estilistas não sabem como é passar em frente a uma construção, na rua"?
Pois no Brasil, qualquer mulher que vá passar em frente a uma construção com alguma roupa curtinha, transparente e –pior– justa, sabe que será brindada com olhares e/ou comentários maliciosos e nem sempre gentis.
Atitude foi às ruas e verificou as dificuldades de aplicar no dia-a-dia, fora das passarelas, uma moda assim, a tal moda "simples", sem as extravagâncias que, por si, já chamariam a atenção. O fato é que, num país ainda sem cultura de moda, qualquer look um pouco mais fashion chama a atenção.
Fora a parte prática, que pode incluir o entrar e sair de carros de minissaia, atravessar a rua correndo com vestes esvoaçantes, fazer caber seu próprio corpo num baby-doll, dirigir de havaiana e assim vai.
Mas faz parte e, no fim, fica até charmoso. Quanto aos "elogios" ganhos do pessoal das construções... melhor é se habituar com eles.

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