São Paulo, quinta-feira, 20 de janeiro de 1994 |
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Cidade tem que aprender a viver sem as 'freeways'
ANA MARIA BAHIANA
Uma é a Santa Mônica Freeway, a via urbana mais movimentada do mundo, que liga os subúrbios do deserto, a leste da cidade, à costa. Diariamente, 300 mil motoristas cruzam a Santa Mônica. Agora, um de seus entroncamentos mais vitais, um elevado no coração do centro comercial de Los Angeles, está no chão. A expectativa é de que a "freeway" fique fechada pelo menos oito meses –já se fala em até um ano. Este é um enigma que os angelenos jamais tiveram que enfrentar. Na década de 40, quando administradores públicos, conscientemente, desmontaram a eficiente rede de bondes e trens elétricos da região e optaram pelo automóvel, a atividade sísmica era zero no sul da Califórnia. A crença generalizada era de que freeway abundantes eram suficentes para atender uma metrópole com sonhos de grandeza. A natureza acaba de sacudir este otimismo. Nem mesmo os alertas de poluição atmosférica –causada pelo volume de trânsito– conseguiram levar planejadores, engenheiros e autoridades de Los Angeles à tarefa gigantesca de mover milhões de pessoas sem as "freeways". Opções possíveis são o aumento da frequência dos trens e ônibus que já servem a região e a expansão do controvertido projeto de metrô que, há anos, se arrasta pelas salas dos burocratas. (AMB) Texto Anterior: Pobres sofrem mais com o terremoto Próximo Texto: Protesto deixa cinco feridos na Venezuela Índice |
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