São Paulo, quinta-feira, 20 de janeiro de 1994 |
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'Loucos mansos' caminham pelas ruas
LÉA VINOCUR FREITAG
É possível encontrar um "louco manso" andando tranquilamente pelas ruas, remanescente dos hippies dos anos 60. Mas o romântico local de "paz e amor", Haight-Ashbury, em que floresciam as comunidades hippies, transformou-se hoje em bairro de prósperos homens de negócios. O comércio sensível, os antiquários refinados, o belo Castro Theatre (1922), encontram-se no reduto gay. Gays e lésbicas circulam pelas ruas com seus pares e as lojas indicam com pequenas bandeiras, nas cores do arco-íris, que os gays são bem recebidos. Além dos museus tradicionais, ligados à arte da Califórnia e dos Estados Unidos, há vários que guardam belas tradições de outros povos: Asian Art Museum, Chinese Cultural Center, Jewish Museum, Mexican Museum. Mais de 20 galerias de arte apontam diversas tendências. O paraíso das artes é o Civic Center, complexo de oito edificações onde estão locais famosos como o City Hall, Davies Symp ony Hall, War Memorial Opera House, Museum of Modern Art. Assiste-se a encenações operísticas, concertos sinfônicos e corais, ao lado de festivais de jazz. A atmosfera da cidade é inspiradora. Além do filme "San Francisco" (1936), em que a voz de Jeanette Mac Donald supera as divas atuais em frescor, limpidez e extensão, não é apenas a consagrada "I Left my Heart in San Francisco" que louva a cidade. Dezenas de canções estão eternizadas: "San Francisco", interpretada por Judy Garland, é um verdadeiro hino. Texto Anterior: San Francisco concentra torcedor brasileiro Próximo Texto: Hotéis são cartões-postais Índice |
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