São Paulo, segunda-feira, 24 de janeiro de 1994
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Chega ao Brasil CD importado da banda americana Sweaty Nipples

JOSÉ ROBERTO FLESCH
DA FT

Fique uma semana em casa sem fazer nada, corte cinema, aluguel de vídeos, mas compre o EP (Extended Playing, tamanho intermediário entre o compacto e o LP) do Sweaty Nipples na importadora mais próxima. O disco saiu lá fora pela Megaforce, chama-se simplesmente "Sweaty Nipples" e traz o melhor som de rock pesado que você vai escutar nesse verão. É fácil identificá-lo. A capa traz as medidas do CD (tamanho, peso) e o aviso: "Perigo: mantenha longe do alcance de crianças".
O grupo é americano, formado há seis anos em Portland, Oregon. Já se apresentou no Lollapalooza de 1992. Tem dois guitarristas, dois baixistas e dois bateristas. Três de seus integrantes cantam. Em rápida e exclusiva entrevista, o baterista Hans Wagner, ex-Mr. Bungle e há nove meses no Sweaty Nipples, fala sobre o grupo e anuncia o lançamento (no exterior) do primeiro álbum do sexteto.
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Folha - Que tipo de público costuma ir aos shows de vocês? Pelo som, dá para imaginar que não devem faltar skatistas.
Hans - Sim, mas vemos gente de todo tipo. Adolescentes, caras mais velhos, gente feia, bonita, o que você imaginar.
Folha - Dá para sentir influências de Zappa, Suicidal Tendencies e Rage Against the Machine no som de vocês. Que costumam ouvir?
Hans - Aumente sua lista. Temos influências de inúmeras bandas. Não dá nem para enumerar. O som também muda muito e não segue uma direção específica ("Zipperfish", uma louquíssima faixa instrumental do EP, comprova o que ele diz).
Folha - Quando lançam seu primeiro álbum?
Hans - Estamos terminando de gravá-lo em Seattle. Acho que em fevereiro está nas lojas. O título provisório é "Kudzu".
Folha - O encarte do EP diz que "Zipperfish" não estaria no álbum. Por quê?
Hans - Bem, temos um repertório grande. Preferimos incluir coisas que nunca gravamos e as novas canções. Não dá para incluir tudo. Mas "Demon Juice" (do EP) está no disco. "Zipperfish" fica sendo uma faixa que vai constar apenas do EP. É legal isso. Se ficarmos famosos, as pessoas vão procurar nosso material antigo. (José Norberto Flesch)

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