São Paulo, terça-feira, 25 de janeiro de 1994
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Leilão não vende todas as ações da PQU

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

Ainda não foi ontem que a PQU (Petroquímica União) foi privatizada. Embora os principais interessados tenham comparecido ao leilão realizado na Bolsa do Rio, faltou a venda de 5,3% do capital da empresa para atingir o mínimo necessário à validade do leilão. Os interessados devem fazer ofertas até as 15h de hoje para completar a compra.
As regras da privatização da empresa exigem que um mínimo de 37,5 milhões sejam vendidas, caso contrário o leilão será anulado. Essa hipótese é considerada remota pelos analistas, que consideraram o adiamento do desfecho como uma estratégia dos compradores.
"Vamos para a prorrogação", disse o presidente da Comissão Diretora do programa de privatização, André Franco Montoro Filho, visivelmente contrariado. Ele afirmou que preferia resolver o leilão logo ontem, mas, continuando a analogia com o futebol, acrescentou que "ganhar o campeonato nos pênaltis é melhor do que perder". O leilão da PQU já foi adiado por seis vezes.
Caso o leilão seja concluído hoje com a venda de 37,5% do capital da empresa, estará atendido o interesse da Petroquisa, atual sócia majoritária da PQU com 67,78% das ações, de ficar com pelo menos 20% do capital da empresa. A estatal, do grupo Petrobrás, ficará com 90% das sobras do leilão, ficando os outros 10% para os empregados da PQU.

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