São Paulo, quinta-feira, 27 de janeiro de 1994
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'Síndrome da vaca louca' alarma britânicos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O caso de uma menina britânica de 16 anos com uma infecção no sistema nervoso central reacendeu a polêmica sobre a possibilidade de seres humanos contraírem a "síndrome da vaca louca" a partir da ingestão de carne contaminada.
A imprensa britânica deu ontem destaque ao caso de Victoria Rimmer, do País de Gales, que sofre da doença de Creutzfeld-Jakob, um mal de origem incerta similar ao que ataca o gado. A doença provoca degeneração do sistema nervoso e pode levar o paciente à morte.
O governo britânico garante que seres humanos não podem pegar a doença a partir do gado, mas a opinião dos médicos que se manifestaram à imprensa não é unânime.
"Acho que há cerca de 70% de chance de seres humanos pegarem a doença", disse Steve Dealler, do Hospital do Distrito de York.
"A informação disponível (...) não conseguiu mostrar nenhuma relação entre a doença humana e o consumo de carne animal", afirmou Richard Knight, da Enfermaria Real Aberdeen.
Apesar disso, os médicos da menina acreditam que a única maneira de ela ter contraído a doença foi comendo carne.
Críticos à versão oficial dizem que o caso mostra que mais pesquisa sobre o modo de transmissão da doença é urgente.
A "síndrome da vaca louca", ou encefalopatia espongiforme bovina, se disseminou pelo gado inglês durante a década de 80. Pelo menos 100 mil vacas ainda estão afetadas pela doença.

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