São Paulo, quinta-feira, 27 de janeiro de 1994
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Goleiro do Guarani vai ter contrato profissional

DA FOLHA NORTE E DA FOLHA SUDESTE

O goleiro campeão da Taça São Paulo de Futebol Júnior, Adriano Pitarelli, 18, de Votuporanga, disse que deve negociar na próxima semana um contrato com a equipe do Guarani. Ele recebeu um prêmio de CR$ 200 mil pela conquista do título, quase seis vezes mais que a ajuda de custo que ele recebe do clube mensalmente.
Ontem, Pitarelli treinou entre os profissionais do Guarani e estava escalado para o banco de reservas do jogo contra o Santos, na Vila Belmiro, pelo Grupo A1 do Campeonato Paulista.
O goleiro foi o principal responsável pela vitória da equipe de Campinas na final do campeonato. Ele defendeu três pênaltis contra o São Paulo.
Em Votuporanga, onde vai passar o Carnaval, Pitarelli será recebido com churrasco. "As defesas que ele fez foram um colosso", disse Hermírio Pitarelli, 54, o eufórico pai do goleiro.
Anteontem, dia em que Pitarelli foi campeão, fez cinco anos que sua família se mudou para Votuporanga. Antes de ir para o Guarani, ele treinou 15 dias na equipe do Novorizontino, mas não se adaptou ao clube.
No Guarani, a sua primeira chance real apareceu em 93. Ele era o terceiro goleiro da equipe no campeonato de aspirantes, mas foi promovido para segundo e acabou jogando sete das 12 partidas do time.
Para o professor de educação física da escola Objetivo de Votuporanga, Lindolfo Pellegrini, 54, onde o goleiro estudou em 1990, a aptidão de Pitarelli era o basquete. Apesar de sua altura, 1,92m, ele era armador. "Dos 8 anos aos 12 anos eu joguei basquete em Oswaldo Cruz, cidade em que eu morava. Mas sempre quis ser goleiro de futebol", disse Pitarelli, que tem Zetti, o goleiro do São Paulo, como ídolo no futebol. Admiração que já o levou a cometer atos de tiete. "Em 92 ele veio jogar em Campinas e eu entrei em campo para tirar uma foto com ele. Falei que também era goleiro e que era seu fã e ele foi simpático comigo", disse. Para ele, a principal qualidade do jogador do São Paulo é a facilidade para sair do gol, "rara nos goleiros do Brasil".

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