São Paulo, quinta-feira, 27 de janeiro de 1994 |
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Visita tenta promover a monarquia ameaçada
HUMBERTO SACCOMANDI
O primeiro-ministro australiano, Paul Keating, anunciou no final do ano passado a sua intenção de instaurar a república no país. Isso deve acontecer a partir do ano 2001. Segundo as pesquisas, a opinião pública apóia a iniciativa do premiê. A rainha Elizabeth pode perder assim o maior país de seu império. "Quero colocar aqui, e que fique claro para todos, que isso é algo que somente vocês, o povo australiano, podem decidir", disse Charles ontem em Sydney. A família real britânica adotou a posição de não interferir abertamente na questão. A Austrália ganhou autonomia administrativa em 1901, após mais de cem anos de domínio britânico. O país, porém, continuou a fazer parte da coroa britânica. A rainha não tem nenhum poder de fato. O governo britânico indica um governador que representa a rainha e tem uma função praticamente simbólica. A proclamação da república deve coincidir com a Olímpiada do ano 2000, que será realizada na cidade australiana de Sydney. Com o apelo nacionalista dos jogos, é praticamente inevitável a secessão. "Seja qual for o curso que vocês decidirem, eu posso somente dizer que sempre terei uma enorme afeição por este país", disse Charles, diplomático. Em defesa da monarquia, no entanto, ele afirmou que "algumas pessoas preferem a estabilidade de um sistema que já foi testado através dos anos".(HuSa) Texto Anterior: Berlusconi lança partido para combater a esquerda italiana Próximo Texto: Moradores de LA não querem sair da cidade; EUA podem mandar mísseis à Coréia do Sul; Líder direitista dos EUA deixa a prisão; Argélia vive caos para escolher o presidente; Conflito no México tem dia decisivo hoje; Rabino argentino é espancado Índice |
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