São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 1994 |
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Livro ataca dietas e anuncia 'a vez do gordo'
MAURICIO STYCER
Resultado de uma pesquisa feita para a sua tese de doutorado, o livro de Jane Ogden questiona a idéia de que a magreza torna as mulheres "mais saudáveis e atraentes". O primeiro alvo da psicóloga são as tabelas que definem, a partir da relação entre peso e altura, a chamada massa corporal (veja uma tabela abaixo). Essas tabelas foram desenvolvidas por companhias de seguros de vida, com base na longevidade e no peso dos portadores de apólices. Não levam em conta, observa, o tipo de vida de cada um, história familiar, constituição e relação entre gordura e músculos. Ainda assim, escreve Ogden, "são frequentemente consultadas por médicos e usadas para apoiar suas próprias preferências pessoais quanto ao peso corporal". Ogden, 27, nota que a discrepância entre a idéia de corpo ideal –vendida pela publicidade– e o corpo que cada mulher observa diariamente diante do espelho provoca um estranho fenômeno de autodepreciação. "Ouvi mulheres com peso normal dizendo: 'Seria maravilhoso tirar uma fatia de minhas nádegas'. Nós vemos nosso próprio corpo como inimigo e algo repelente", escreve. Ogden classifica algumas "dietas da moda", como a famosa "dieta de Beverly Hills", baseada em frutas, como muito perigosas (veja texto abaixo) e quase suplica: "Pare de fazer dieta e siga sua vida apreciando todas as outras coisas que ela nos oferece." Texto Anterior: Familiares reclamam das indenizações Próximo Texto: Jô, 100 kg, tenta a carreira de modelo Índice |
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