São Paulo, domingo, 2 de outubro de 1994
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"Aurélio" na Folha

"Tive uma agradável surpresa ao receber o exemplar do último domingo desta Folha, que anunciava o lançamento do `Dicionário Aurélio' em fascículos. Iniciativas como esta, além de contribuir decisivamente para o ensino e a valorização da língua, viabilizam o acesso aos bens culturais à grande parcela da população brasileira e não apenas a uma privilegiada elite."
Olavo Batista Duarte Filho (Belo Horizonte, MG)

Olho no Voto
"Parabenizamos a Folha pelo excelente encarte Olho no Voto, publicado em 18/09 último. Trata-se de um trabalho sério de investigação sobre o comportamento dos parlamentares durante a atual legislatura, que tantas frustrações trouxe à sociedade. Informamos à Folha que a Confederação das Associações Comerciais do Brasil vem fazendo um trabalho semelhante por meio do movimento `Olho Vivo Cidadão', iniciado durante a revisão constitucional. Este trabalho tem caráter permanente e é levado ao nosso público através de boletim semanal e de um tablóide mensal."
Guilherme Afif Domingos, presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil (Brasília, DF)

"Na qualidade de líder da bancada do PT, a mais assídua nos trabalhos do Congresso, apresento meu protesto contra algumas abordagens do caderno Olho no Voto, encartado na Folha de 18/09. Em alguns aspectos, a Folha realizou a antítese do propósito que certamente inspirou a edição do caderno: ele desinforma o eleitor, por exemplo, ao sugerir que o desempenho de um parlamentar possa ser medido pelo volume de sua frequência no plenário ou pelo número de projetos apresentados e, eventualmente, aprovados. Embora a Folha tenha ignorado, qualquer repórter minimamente familiarizado com os trabalhos do Legislativo sabe que nem sempre encontra-se no plenário da Câmara ou do Congresso o palco de debates e decisões mais importantes do Parlamento –que o digam os deputados Aloizio Mercadante, membro das CPIs de PC Farias e do Orçamento, Hélio Bicudo, membro da Comissão de Constituição e Justiça, e Nilmário Miranda, que presidiu a Comissão Externa sobre os Desaparecidos Políticos, que o obrigou a frequentes e produtivas viagens."
José Fortunati, deputado federal pelo PT-RS (Brasília, DF)

Nota da Redação – A "familiaridade" com o Congresso não pode tornar nenhum repórter conivente com o excesso de ausências e falta de iniciativas de nenhum parlamentar, seja do partido que for.

"A Folha em sua edição do dia 18/09 veiculou notícia sobre a votação do aumento de impostos para pessoas jurídicas/Fundo Social de Emergência/conceito de empresa nacional, e inclui o nome do parlamentar signatário da presente como faltoso, incorrendo desta forma num erro que precisa ser retificado, o quanto antes. O que de fato ocorreu na votação do aumento para pessoas jurídicas foi a realização de uma sessão do Congresso Nacional, que caiu por falta de quórum. Nesses casos não fica registro indicando se o voto do parlamentar foi sim ou não. Em todo o caso, eu estava presente e o meu voto foi sim, pela aprovação do aumento de impostos sobre as empresas, e nas outras duas votações citadas anteriormente informo-lhe que, em início de fevereiro a julho, estava convalescendo de um processo inflamatório (pneumonia) precisando, portanto, de repouso absoluto para minha recuperação conforme orientação médica."
Jamil Haddad, deputado federal pelo PSB-RJ (Brasília, DF)

Nota da Redação – Ao contrário do que afirma o parlamentar, houve lista de votação na sessão que votou o Imposto de Renda para empresas. A Folha dispõe de cópia comprovando que ele não esteve entre os presentes. A alegada licença médica, superior a 120 dias de acordo com o parlamentar, exigiria convocação de suplente, fato não registrado no relatório da Câmara consultado pela Folha.

"A iniciativa da Folha de publicar o caderno Olho no Voto é digna de louvor. Porém, o referido caderno contém erros gravíssimos de informação, que contrariam seu objetivo de fornecer ao eleitor subsídios para uma análise criteriosa da atuação dos deputados. O percentual das faltas a mim atribuídas não corresponde à realidade, como demonstra a declaração anexa, fornecida pelo Departamento de Pessoal da Câmara dos Deputados. Por equívoco ou descuido, o jornal considerou faltas as ausências justificadas e autorizadas por motivo de viagens em missões oficiais ou diplomáticas. Também entraram no cômputo do percentual de faltas as ausências entre 3/08/92 e 27/09/92, período em que estive licenciado, sem direito a vencimentos, para disputar a Prefeitura de Belo Horizonte."
Paulo Heslander Couto, deputado federal pelo PTB-MG (Belo Horizonte, MG)

Nota da Redação – A declaração do Departamento de Pessoal da Câmara não é comparável ao levantamento feito pela Folha. Os dados oficiais só levam em conta sessões deliberativas. Os dados da Folha, pesquisados no Diário do Congresso, são mais abrangentes: levam em conta sessões não-deliberativas e segundas e sextas-feiras, dias em que a falta é admitida sem o devido desconto no salário do deputado.

"Em função de dados publicados por este conceituado diário a respeito da participação dos deputados nas votações da Câmara Federal, gostaria que fosse retificada reportagem, onde consta o meu nome, em vista dos documentos e da tabela em anexo, sobre a minha presença no Congresso."
Beto Mansur, deputado federal pelo PPR-SP (Santos, SP)

Nota da Redação – O documento apresentado pelo parlamentar –atestado do Departamento de Pessoal da Câmara– não é comparável ao levantamento feito pela Folha. Os números oficiais da Câmara só consideram as sessões deliberativas. O levantamento da Folha, mais amplo, considerou também as segundas e sextas-feiras e as sessões não-deliberativas.

Masp em questão
"Parabéns pela excelente reportagem, publicada em 29/09, sobre a questão do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Não obstante, gostaria de ver retificada a informação ali contida de que o Aldo Raia e eu fomos responsáveis pela saída do Edmundo Monteiro da presidência. A informação não é correta, pois sempre apoiamos a gestão do Edmundo que, por mais de 30 anos, juntamente com o professor Bardi, soube levar o museu ao nível de prestígio internacional e nacional que hoje desfruta. Além do mais, somos amigos pessoais de Edmundo desde os anos 50, quando, no meu caso, advogava para empresas de televisão da época, ocasião em que comecei a admirar a tenacidade e o amor que tinha Edmundo pelas grandes realizações dos "Diários Associados", das quais o Masp é a máxima expressão."
Modesto Carvalhosa (São Paulo, SP)

Operações antimendigo
"O Conselho Regional de Serviço Social expressa sua discordância quanto ao tratamento dado à população de rua pela Prefeitura de São Paulo. A presença dos assistentes sociais junto a carros-pipa para retirar as pessoas nada garante. Para desenvolver uma prática com ética e responsabilidade, os profissionais necessitam ancorar-se em serviços e recursos capazes de prover, no mínimo, o atendimento às necessidades básicas da população."
João Carlos Ferreira, do Conselho Regional de Serviço Social (São Paulo, SP)

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