São Paulo, domingo, 2 de outubro de 1994
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"Casseta" grava programa no Japão

IVAN FINOTTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Três dos sete humoristas da "Casseta e Planeta" devem gravar um especial de fim de ano para no Japão.
Hubert, Hélio de La Peña e Beto Silva são os escalados para a viagem. A escolha é um prêmio de consolação por não terem participado da cobertura da Copa dos EUA.
A Globo, que sugeriu o especial, ainda não o confirmou. Ele deve ir ao ar no dia 27 de dezembro.
"Já estou fazendo um curso de japonês", diz Hubert, 34. Ele e Marcelo Madureira, 36, estiveram em São Paulo na semana passada gravando cenas para o programa de outubro.
Satirizando a novela "A Viagem", a dupla perambulou pela estação Paraíso do metrô e pela avenida Paulista. Em meio à agitação causada pelos globais, até Renata Ceribelli –que fazia reportagem sobre a gravação para o "Video Show"– deu autógrafos.
As cenas tratavam de reencarnação. Para investigar o que está acontecendo no além da novela das sete, o repórter Hubert é morto. Desembarca no Paraíso, bairro paulistano.
Hubert começa sua investigação: "É verdade que aqui tem 30 mulheres para cada homem? Ninguém paga imposto? A cerveja é de graça? Então não é o paraíso, é o inferno!"
Marcelo Madureira, vestido de São Pedro, esclarece: "É que não tem verba. Político só aparece em época de reencarnação".
Após três horas em frente ao metrô, a dupla se trocou e foi maquiada em plena rua. Com cabelos amarelos, cavanhaques e vestidos de preto como Alexandre (Guilherme Fontes), o espírito malvado da novela das sete, os humoristas se dirigiram à avenida Paulista.
Lá, Madureira usou de seu poder mediúnico para descobrir o que as pessoas foram em outras vidas: "Você...hmmm...as mulheres davam muito em cima de você... Você era uma cama de motel!"
O diretor Márcio Trigo, 34, gosta de gravar em São Paulo. "No Rio, o pessoal já está escolado. Em outras cidades, as pessoas não entendem nosso humor", diz.
Hubert fez coro: "O pessoal na rua deu respostas muito boas, muito legais. Até nisso São Paulo é melhor que o Rio".
Apesar do declarado apreço à São Paulo, os cariocas da Globo não conseguem se manter livre de todos os preconceitos.
Temendo não encontrar mulheres bonitas, a produção contratou duas modelos para ser entrevistadas.

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