São Paulo, domingo, 2 de outubro de 1994
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Manchete não tem substituta para "74.5"

MARCELO MIGLIACCIO
DA SUCURSAL DO RIO

Com o final de "74.5 – Uma Onda no Ar" previsto para outubro, inaugura-se um tempo de indefinições na Rede Manchete. Ninguém sabe qual será a próxima atração na área de teledramaturgia.
O diretor-geral, Fernando Barbosa Lima, prefere esperar a posse do novo diretor artístico, Régis Cardoso, marcada para terça. Mas adianta: "Teremos uma nova novela".
Só não se sabe se a próxima novela vai repetir o mesmo esquema de produção independente da parceria com a TV Plus, responsável por "74.5".
A produtora queixa-se das duas mudanças de horário que obrigaram a trama a dar voltas e irritaram os anunciantes. A emissora defende-se dizendo que tem a prerrogativa de definir sua programação.
Concebida para ir ao ar às 19h45, "74.5" teve a primeira mudança de formato quando a emissora convenceu a produtora de que o horário das 21h30 era o mais indicado.
Com a chegada da Copa do Mundo, sem audiência por não transmitir os jogos, a Manchete passou a reprisar a novela. Resultado: perdeu o minguado público que ainda tinha.
No final do mundial, a trama voltou a ser exibida mais cedo, desta vez às 19h30. Mas aí, nem os novos atores e roteiristas conseguiram evitar o desastre.
Márcia Cintra, diretora da TV Plus diz que o saldo foi positivo. Ela cita como vitórias o padrão de qualidade mantido ao longo dos 133 capítulos e a entrega do produto nas datas previstas.
Apesar da baixa audiência, das falhas de texto e do mau desempenho de alguns atores, a produtora independente já comprou os direitos de "O Sumiço da Santa", de Jorge Amado.
O próximo passo é contratar alguém para adaptar a trama, que no romance do escritor baiano se passa em apenas um dia. A TV Plus não sabe ainda que emissora vai veicular a nova novela. A própria Manchete não é descartada.

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