São Paulo, domingo, 2 de outubro de 1994
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Twingo elimina o pedal da embreagem

RICARDO CARVALHO COUTO
ENVIADO ESPECIAL À FRANÇA

O câmbio semi-automático é a grande novidade da nova linha Twingo, a ser apresentada esta semana no Salão de Paris, na França.
O carro pequeno da Renault traz ainda novas cores e estampas de bancos –com opção de revestimento em couro.
O modelo oferece sofisticado pacote de equipamentos, que inclui vidros e espelhos elétricos, ar-condicionado, teto solar e até freios ABS (antitravamento).
Veículos avaliou a versão Easy (fácil, em inglês) do Twingo, com câmbio semi-automático, na pista da Renault, em Flins, onde o modelo é feito, a 45 km de Paris.
O Easy custará cerca de US$ 12 mil na França e pode vir para o Brasil. A versão convencional custa aqui US$ 14,8 mil.
A principal diferença do Easy em relação ao Twingo comum está no número de pedais.
Como nos carros com câmbio automático, o Easy dispensa o pedal da embreagem.
O modo de dirigir também é semelhante. O motorista usa o pé direito –o esquerdo não tem função– para acelerar ou para frear.
As trocas de marchas são feitas como num carro com câmbio mecânico, com a vantagem de não ter de pisar no pedal a cada mudança.
Sensores instalados na polia do motor, no acelerador e na alavanca de câmbio "avisam" a um comando eletrônico, inspirado em equipamento usado na Fórmula 1, toda vez que se move a alavanca.
Ele aciona hidraulicamente o cabo da embreagem, substituindo o trabalho feito pelo pé do motorista.
O comportamento do Easy também é parecido com o do automóvel automático.
Quando se engata a primeira marcha, o carro tende a arrancar suavemente para frente.
O Easy só começa a tracionar quando o acelerador é pisado mais a fundo e o motor ganha giros.
O carro demora alguns segundos até começar a se mover e se desloca progressivamente.
Depois disso, o seu comportamento dinâmico é igual ao de qualquer outro veículo.
Para se trocar de marcha em movimento é necessário retirar totalmente o pé do acelerador.
As mudanças são feitas sem trancos. Os engates são suaves e precisos, permitindo trocas e reduções rápidas sem "arranhadas".
A operação é fácil e não requer muito tempo para adaptação.
Como exige a retirada do pé do acelerador, o Easy perde rotações nas trocas de marchas.
Para dar mais agilidade ao Easy, basta uma leve acelerada na passagem da alavanca pelo ponto morto.
O jornalista Ricardo Carvalho Couto, editor-interino de Veículos, viajou à França a convite da Renault.

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