São Paulo, terça-feira, 4 de outubro de 1994
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Comunidade fiscaliza combate a miséria

CLÓVIS ROSSI
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

Comunidade fiscaliza combate à miséria
O programa de renda mínima, embora possa ter maior impacto publicitário e efeito mais imediato, não é o eixo da política social do novo governo.
Nesse capítulo, a ``Comunidade Solidária" é a menina dos olhos tanto do virtual presidente eleito como do coordenador de seu programa de governo, Paulo Renato Souza.
Trata-se de uma adaptação para a realidade brasileira do programa mexicano de nome parecido (``Solidariedade").
Em resumo, é uma parceria entre a União, Estados e municípios, com participação e fiscalização da comunidade organizada, para a realização de obras e serviços nas áreas mais carentes.
Funciona assim: primeiro, localizam-se os grandes bolsões de pobreza absoluta. Em seguida, a comunidade local discute e fixa prioridades. Construção de uma escola, por exemplo.
Em seguida, unem-se os três níveis de governo, eventualmente com trabalho voluntário da população, para construir a escola.
Em princípio, o ``Comunidade Solidária" substitui todos os ministérios e agências governamentais (como a Legião Brasileira de Assistência) que hoje cuidam do atendimento social.
Pelo peso e repercussão política do programa, o mais provável é que o responsável por ele fique subordinado diretamente à Presidência da República.
(CR)

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