São Paulo, terça-feira, 4 de outubro de 1994 |
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FHC
CLÓVIS ROSSI
Pela pesquisa, o candidato da coligação PSDB-PFL-PTB terá 47% dos votos, nove pontos a mais do que a soma de seus sete adversários (38%). É o que basta para assegurar-lhe a eleição sem necessitar de um segundo turno. A apuração oficial dos votos começa às 8h de hoje em todo o país. Luiz Inácio Lula da Silva, candidato de uma coligação encabeçada pelo PT, ficou em segundo, com 24% dos votos. O terceiro foi Enéas Carneiro (Prona), com 6%. Depois, pela ordem, Orestes Quércia (4%) e Leonel Brizola e Esperidião Amin empatados com 2% cada. O Datafolha estima em 15% o total de votos brancos e nulos. Considerando apenas os votos válidos, Fernando Henrique Cardoso obteria 55% contra 28% de Lula. Como era de se prever, cada candidato reagiu ao processo eleitoral de acordo com a posição nas pesquisas prévias, que foram muito semelhantes à de ontem. O líder em todas elas, Fernando Henrique Cardoso, disse que a campanha foi ``serena e bonita". Mas seu mais próximo adversário, Lula, preferiu queixar-se do poder econômico, do uso da máquina e da distribuição de cédulas falsas, nas quais o petista aparece fora do lugar previsto na cédula oficial. Lula disse que tais fatos farão com que FHC tenha ``menos autoridade moral do que alguém eleito em um processo totalmente limpo". Leonel Brizola foi mais direto. Qualificou de ``grande farsa" o processo eleitoral. Orestes Quércia preferiu dizer que, sem o Plano Real, FHC não se elegeria nem deputado federal. Texto Anterior: Empresários vão exigir reformas imediatas Próximo Texto: Lula considera vitória 'legítima' Índice |
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