São Paulo, terça-feira, 4 de outubro de 1994 |
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Amin quer reativar a revisão constitucional
NELSON BLECHER
Deverá ser essa a primeira e urgente missão do novo presidente da República, disse ontem, em Florianópolis (SC), o candidato do PPR Esperidião Amin. ``Só o presidente poderá liderar o enorme esforço que será convencer o Congresso, hoje recalcitrante às mudanças", afirmou. Amin chegou bem-humorado ao colégio Imaculada Conceição, no centro, acompanhado de frei Junífero, seu confessor. ``Não abra a boca, pelo amor de Deus", brincou, ao avistar repórteres. A caminho da 33ª seção, fez meia-volta: esquecera o título de eleitor no carro. Por fim, a urna escorregou para o chão momentos antes que ele depositasse a cédula. Para o presidente do PPR, a revisão constitucional é necessária para ``salvar o real e dar uma chance ao país". Segundo ele, as prefeituras estão contabilmente quebradas e os problemas financeiros da Previdência ameaçam ``liquidar" com a estabilidade econômica. ``A viabilidade da revisão estaria garantida se o calendário do real não tivesse sido eleitoral, e ele fosse lançado em julho de 1993." Para colocá-la novamente em pauta, o novo presidente terá de contar com base partidária e grande capacidade de diálogo. Fernando Henrique, afirma, está apto para o desafio: ``Se eleito, terá menos dificuldade do que Lula de negociar com forças políticas fora da aliança." O governador de Santa Catarina, Antonio Carlos Konder Reis, também do PPR, disse ter votado no tucano FHC. ``Foi um voto de consciência. É indispensável o apoio do povo brasileiro para que o real dê certo." Konder Reis apóia Jorge Bornhausen, do PFL, que enfrenta Angela Amin (PPR), mulher do senador Esperidião Amin, na disputa pelo governo estadual. Texto Anterior: Malufismo aposta no prefeito para chegar a 98 Próximo Texto: Quércia compara FHC com Enéas Índice |
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