São Paulo, terça-feira, 4 de outubro de 1994
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Quércia compara FHC com Enéas

MARCELO MENDONÇA
ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS

O candidato do PMDB à Presidência, Orestes Quércia, disse ontem que o prestígio de Fernando Henrique Cardoso é igual ao do candidato do Prona, Enéas Carneiro. ``Se dependesse da liderança dele (FHC) não se elegeria nem deputado", afirmou o ex-governador, ao chegar ontem para votar na região de Campinas.
Em lugar de votar no movimentado centro da cidade, como sempre faz, o quarto colocado na pesquisa Datafolha –5%– buscou um bairro afastado, no município vizinho de Paulínia.
Na Escola Estadual de Primeiro Grau Prof. Domingos de Araújo, onde estava instalada a 49ª Seção da 275ª Zona Eleitoral, votam apenas 57 eleitores. Além de sua mulher, Alaíde, dos ex-secretários estaduais Fernando Morais e José Aristodemo Pinotti, e de alguns assessores, poucas pessoas estavam lá para presenciar o voto do peemedebista.
Quércia negou que estivesse se afastando do público. Disse que estava hospedado a apenas 5 km, na casa de campo de Fernando Morais, e por isso preferiu aquele local.
Ao ser lembrado, na comparação com Enéas, que FHC já se elegeu senador, o ex-governador disse que ``foi nas costas de Quércia".
Segundo ele, um eventual governo de Fernando Henrique será dividido. ``Os ``conservadores serão a parte forte no Executivo", disse, referindo-se ao PFL.
Quércia voltou a dizer que ``a eleição é ilegítima". ``É como se fosse na ditadura", disse o peemedebista, para quem ``o eleitor vota na moeda, não no candidato".
O ex-governador disse que vai agora ``reestruturar o PMDB". Segundo ele, precisam deixar o partido políticos como os senadores Pedro Simon (RS) e José Sarney (AP), e o candidato do PMDB ao governo gaúcho, Antonio Britto.
Sobre seu futuro político, Quércia disse que pode se candidatar à Presidência novamente, ou disputar o governo do Estado, mas ``ainda é cedo para pensar nisso".

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