São Paulo, terça-feira, 4 de outubro de 1994
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Para Dirceu, eleição ruma para ilegitimidade

DA REPORTAGEM LOCAL

José Dirceu disse ontem em entrevista à Folha que a eleição para o governo do Estado caminha para a ilegitimidade. Ela estaria sendo atingida pelos mesmos problemas apontados por Lula ao criticar a disputa presidencial.
Folha - Qual o balanço da campanha?
José Dirceu - Fiz uma campanha difícil, sem recurso, sem espaço na mídia. Mas foi gratificante. Tenho confiança de ir para o segundo turno. Eu sou o primeiro candidato do PT ao governo do Estado a ultrapassar os 10% de intenção de voto nas pesquisas.
Folha - Se Covas ganhar a eleição, o PT pode participar do governo?
Dirceu - O Covas não vai ganhar essa eleição. Qualquer candidato que for para o segundo turno ganha dele. Sua candidatura não tem consistência aliada ao PFL e ao PTB. São partidos que participam do governo de São Paulo há 10 anos. Ele não é renovação e o eleitorado vai se dar conta disso.
Folha - Lula tem dito que a eleição presidencial pode ser ilegítima, e a estadual?
A eleição é nacional. O papel da Rede Globo, o uso da máquina eleitoral e o abuso do poder econômico são evidentes. A descoberta das cédulas falsas só deu mais razão para o Lula. Eu tenho a mesma opinião. A Justiça eleitoral não coibiu o uso da máquina do governo pelo Munhoz nem o abuso do poder econômico pelo Covas.

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