São Paulo, terça-feira, 4 de outubro de 1994
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José Serra e Tuma vão ao Senado

SUZANA BARELLI ; ANTONIO ROCHA FILHO ; CRISPIM ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

CRISPIM ALVES
A pesquisa de boca-de-urna do Datafolha indica que José Serra (PSDB) e Romeu Tuma (PL) foram eleitos senadores por São Paulo. Serra obteve 38% na pesquisa, seguido de Tuma com 33%.
Luiza Erundina, candidata do PT, ficou em terceiro lugar, com 25%, seguida de João Leite Neto (PFL), com 17%. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
Os resultados da simulação em urna são: Serra com 33%, Tuma com 32%, Erundina com 23% e João Leite com 18%
Serra votou ontem às 9h30 no colégio Santa Cruz (zona oeste), acompanhado da mulher, Mônica, e de alguns assessores. Mônica, chilena, não votou.
O deputado demorou 2min20s para votar. Afirmou que votou em cinco candidatos do PSDB e no senador João Leite Neto. ``Gosto de honrar os meus compromissos, por isso votei no João Leite", disse.
Às 10h30, o deputado foi à casa de Fernando Henrique Cardoso, candidato do PSDB à Presidência. Depois, acompanhou o senador Mário Covas, candidato do PSDB ao governo paulista, à votação.
À tarde, Serra foi até o bairro da Mooca (zona leste de SP), onde nasceu, para acompanhar a votação de sua mãe, Serafina. No final do dia, foi para Ibiúna (SP).
Romeu Tuma, 62, começou o dia rezando na igreja São Judas Tadeu, na av. Jabaquara (zona sul) às 8h. Votou no colégio Alberto Levi (zona sul) às 8h45, com os filhos Robson (candidato a deputado federal), Romeu Júnior e Rogério.
Em seguida, acompanhou o voto de Robson, no Liceu Eduardo Prado (zona sul). Ainda pela manhã, visitou o neto Ricardo, que nasceu há duas semanas, e conversou com taxistas no aeroporto.
À tarde, encontrou o governador Luiz Antonio Fleury Filho e o candidato ao governo pelo PMDB, Barros Munhoz, a quem apóia, na rádio Trianon, na av. Paulista.
Após passar pelo comitê de Munhoz, Tuma almoçou com Fleury e com o candidato do PMDB.
Tuma não declarou seu voto para presidente ``por uma questão ética". Embora tenha evitado falar que já se considerava eleito, em alguns momentos deixou transparecer esse sentimento.
Mais entusiasmados estavam os integrantes da coordenação de sua campanha, que davam como certa a eleição de Tuma para o Senado.
Em entrevista à Folha, Tuma defendeu a revisão constitucional, ``com uma ampla reforma judiciária e penal", como forma de acabar com a impunidade no Brasil.
A candidata do PT ao Senado, Luiza Erundina, votou na parte da manhã. Ela chegou por volta das 8h30 na Escola Rui Bloen, no Planalto Paulista (zona sul).
Achou a votação com duas cédulas fácil e criticou a proibição de boca-de-urna. ``A proibição tirou as festividades. A boca-de-urna trazia alegria", disse.

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