São Paulo, terça-feira, 4 de outubro de 1994 |
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R$ 80,3 mi entram na economia
MÁRCIA DE CHIARA
A projeção é o economista Márcio Pochnann, do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). São 3,1 milhões de trabalhadores com carteira assinada e 11,5 milhões de aposentados e pensionistas da Previdência que serão beneficiados diretamente com o aumento de 8% no salário mínimo. Além disso, diz Pochnann, há 7,8 milhões que recebem até um mínimo e estão na economia informal. Isto é, não têm carteira de trabalho assinada, mas indiretamente terão sua renda aumentada. Para Juarez Rizzieri, coordenador do IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), esse dinheiro adicional vai direto para o consumo de alimentos. Dados do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) confirmam a tendência. Pesquisa de Orçamento Familiar de 1988 mostra que a alimentação é o item que responde pela maior parte do consumo de quem recebe até dois salários mínimos (1,35%) e dos que ganham de três a 30 salários (75,4%). Frederico Maia, presidente da Associação Brasileira de Panificação, prevê crescimento de 20% nas vendas entre julho deste ano até junho de 1995. ``Desde a entrada do real, em julho, os negócios aumentaram 15% até hoje", diz. Ele atribui o crescimento nas vendas de pão ao maior poder de compra das camadas C e D. (MCh) Texto Anterior: Inflação aumenta até 0,5 ponto com novo mínimo Próximo Texto: Ciclo sobre qualidade total prossegue hoje Índice |
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