São Paulo, quarta-feira, 5 de outubro de 1994
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PT deve ficar neutro na eleição paulista

CARLOS EDUARDO ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

O provável segundo turno entre Mario Covas (PSDB) e Francisco Rossi (PDT) na sucessão paulista ganhou um lugar entre os pesadelos de plantão do PT.
A tendência inicial do PT é deixar a questão aberta para os filiados e eleitores do partido. O acordo com Francisco Rossi é descartado liminarmente.
Rossi é visto no PT como descendente direto do malufismo. Além disso, durante a campanha eleitoral teve seu crescimento patrimonial questionado por José Dirceu, candidato petista ao governo paulista.
Dirceu anunciou que conduzirá a discussão sobre o segundo turno. As críticas a Covas não têm o mesmo tom, mas há restrições. ``O senador não explicou o caso Tejofran", acha.
Trata-se de referência a uma empresa de um amigo de Covas que foi acusado de intermediar negócios futuros na eventual administração do tucano.
A cúpula do PT sabe que a maioria da militância do partido tende, se existir segundo turno, a votar em Covas.
Na eleição paulista de 90, o PT defendeu o voto branco ou em nulo no embate entre Luiz Antonio Fleury Filho (PMDB) e Paulo Maluf (à época, PDS). Os votos petistas, porém, foram para Fleury.
``Era melhor ter deixado em aberto para o eleitorado", afirmou Dirceu, que admite ``negociação programática" com Covas.

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