São Paulo, quarta-feira, 5 de outubro de 1994 |
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SP começa a verticalizar favelas na zona sul
VICTOR AGOSTINHO
Serão construídos no local 320 apartamentos. Nas três favelas moram 1.558 famílias. Os apartamentos não serão doados aos favelados. A prefeitura pretende vendê-los. Segundo o secretário Lair Krahenbuhll, da Habitação, as prestações médias mensais dos apartamentos estarão na faixa dos R$ 40. O favelado terá que arcar ainda com o condomínio do edifício, estimado em mais cerca de R$ 17 por apartamento. O preço final do apartamento será de US$ 6.000. O Projeto Cingapura prevê a verticalização de 13 favelas paulistanas. Nos locais onde estão instaladas as favelas serão construídos prédios com quatro andares (térreo e mais três), sem elevadores, com pouco ou nenhum acabamento interno e com infra-estrutura de água, luz, esgoto e asfalto. Os apartamentos serão de dois quartos e terão, em média, 43 m2. A construção dos prédios deve terminar em 12 meses. Atualmente, a prefeitura está com obras em cinco favelas. O prefeito afirmou ontem que a verticalização de favelas é ``prioridade absoluta" de sua gestão. A verticalização das favelas é feita em duas etapas: na primeira fase a prefeitura desaloja o equivalente a 30% dos favelados e os transfere para alojamentos provisórios. Em seguida, derruba seus barracos e começa as obras. Na segunda fase, transfere os favelados do alojamento para os apartamentos e urbaniza (com ruas, praças e creches) o local onde estavam instalados os alojamentos. ``É um processo complicado, mas é maravilhoso transformar um lugar deteriorado em bairro", afirmou Maluf. Texto Anterior: Sensacionalismo na Paulista Próximo Texto: Projeto iniciou na zona norte Índice |
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