São Paulo, quinta-feira, 6 de outubro de 1994
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Encontro debate privatização do estádio

DA REPORTAGEM LOCAL

Moradores do bairro do Pacaembu se encontraram anteontem com o secretário municipal de Planejamento, Paulo Roberto Richter, para discutir a possível privatização do estádio do Pacaembu.
No encontro, que teve a participação da Associação de Moradores e Amigos dos Bairros do Pacaembu e Perdizes e do Movimento Justiça para Todos, Richter expôs as idéias da prefeitura para a venda.
O secretário do Planejamento disse que a atual administração municipal pretende se livrar do que lhe dá prejuízo. Segundo ele, em 94 a prefeitura deve perder US$ 1,5 milhão com o Pacaembu. Ele diz que a iniciativa privada pode cuidar melhor do estádio.
Segundo Richter, o conjunto esportivo que funciona junto do estádio não será afetado pela privatização. Segundo o secretário, será vendida exclusivamente a área de 40 mil m2 referente ao estádio. Os 35 mil m2 restantes –incluindo piscina, ginásio e quadras– continuam sob a administração da prefeitura e podem receber melhorias.
Técnicos da prefeitura ainda discutem como será feita a privatização. O projeto deve ser encaminhado à Câmara em 30 dias.
Oscar Bressane, da associação de moradores, desconfia dos argumentos da prefeitura. Ele disse que o Pacaembu não pode ser vendido por ser um bem público.
``Um estádio que está atendendo bem a 52 mil sócios não precisa mudar. Se o que é arrecadado pelo Pacaembu fosse investido no próprio estádio não haveria prejuízos", afirmou.
Novo encontro entre moradores e prefeitura deve ser marcado para discutir o assunto.

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