São Paulo, quinta-feira, 6 de outubro de 1994 |
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Cesta já sobe mais que em setembro
NEIVALDO JOSÉ GERALDO
Ontem, a cesta básica era comercializada, em média, por R$ 101,24 nos supermercados de São Paulo. O aumento foi de 0,58% em relação a terça-feira, segundo pesquisa diária Procon/Dieese. Apesar destes números, a diretora do Procon, Maria Inês Fornazzaro, disse que ainda não se pode falar em alta generalizada, mas ``em aumento localizado no grupo alimentação". Segundo ela, é a carne (alta de 2,85% ontem) e o feijão (1,8%) que estão jogando os preços para cima. Na esteira destes produtos, outros como frango (0,9%) e salsicha (1,59%) também sobem, disse. O vice-presidente da Associação Paulista dos Supermercados, Firmino Rodrigues Alves, também diz que este início de mês não pode servir de parâmetro, pois ``os preços vão se estabilizar". Atacado Levantamento semanal (de 27 de setembro a 04 de outubro) de preços no atacado feito pela Bolsa Eletrônica Interstocks detectou alta média de 0,13%. As maiores altas: molho de tomate (7,02%), ervilha (5,13%), sabão em pedra (4,17%), macarrão com ovos (2,08%) e leite condensado (1,28%). Canalhice O ministro Ciro Gomes (Fazenda) disse ontem, em Juiz de Fora, que ``é canalhice" os aumentos que estão sendo anunciados nos últimos dias, após as eleições. ``E como canalhices devem ser tratados", completou. Ciro ameaçou aplicar medidas rigorosas contra os estocadores de feijão. ``Se não desovarem os estoques que nós identificamos no Sudoeste, nós vamos reduzir a zero a alíquota de importação". Ciro afirmou ainda que esse tipo de decisão –reduzir a zero as alíquotas– será tomada com qualquer produto que tenha problemas. Ele também ameaçou usar a lei antitruste. LEIA MAIS sobre cesta básica na pág. 2-2 Colaborou a Agência Folha, em Juiz de Fora Texto Anterior: Fim ao acordo dos carros Próximo Texto: Montadoras e governo discutem IPI Índice |
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