São Paulo, sexta-feira, 7 de outubro de 1994 |
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Fleury deve apoiar Covas no 2º turno; Munhoz pende para Rossi
CARLOS MAGNO DE NARDI
Oficialmente, o governador disse ontem que por enquanto não é o momento para declarar seu apoio, mas políticos de sua confiança não vêem possibilidade de aproximação com Francisco Rossi (PDT). Já o candidato do PMDB, Barros Munhoz, não quis comentar sua posição no segundo turno das eleições em São Paulo. A Folha apurou que a tendência de Munhoz é aderir à candidatura do PDT. A adesão de Munhoz a Rossi seria costurada pelo atual prefeito de Osasco, Celso Giglio. Giglio, que foi eleito com o apoio de Rossi, é amigo de Munhoz e integrou o PTB, assim como o atual candidato do PMDB. O prefeito de Osasco pediu uma audiência ao governador Fleury para tentar ganhar apoio para Rossi. O encontro deve acontecer hoje, mas a possibilidade de acordo é remota. O governador tem antigas ligações com integrantes do PSDB, diferentemente do que acontece com Rossi, com quem teve uma discussão pública esta semana. No final da discussão, Rossi disse que rejeitaria o eventual apoio de Fleury. Durante a campanha presidencial, Fleury sinalizou que poderia apoiar Fernando Henrique Cardoso na hipótese de um segundo turno na sucessão de Itamar Franco. O governador pretende se reunir hoje com lideranças e deputados do PMDB para discutir os rumos do partido no segundo turno em São Paulo. Na sua opinião, as eleições proporcionais (para deputado federal e estadual) fortaleceram o PMDB, que não pode ser excluído da votação no segundo turno. Para o governador, as eleições simultâneas e algumas divergências internas no PMDB prejudicaram a candidatura de Barros Munhoz. Entre as divergências, Fleury apontou a divisão do partido nas campanhas estadual e presidencial. ``Alguns grupos trabalharam pela eleição de Quércia e outros, só pela de Munhoz." A tendência de Fleury a apoiar Covas pode levar a um racha no PMDB. É que já há sinais de que os quercistas venham a apoiar Rossi no segundo turno. Culpa pela derrota O candidato do PMDB ao governo do Estado, Barros Munhoz, culpou ontem seu partido pela derrota na sucessão paulista. Na sua opinião, as divergências internas do PMDB prejudicaram a sua campanha. ``Eu passei grande parte do tempo de minha campanha apagando incêndios dentro do partido", disse. Entre as divergências, ele citou a elaboração de um panfleto de campanha que excluía o nome do candidato do PMDB à Presidência, Orestes Quércia. ``Esse material, por exemplo, foi feito pelo PL, que me apoiava para governador e Fernando Henrique (PSDB) para presidente". Texto Anterior: PT não vai defender voto nulo no 2º turno Próximo Texto: Alencar vai se encontrar hoje com a mulher de Garotinho Índice |
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