São Paulo, sexta-feira, 7 de outubro de 1994
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Médico diz que atentado de 81 traumatizou papa

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A revista "The European" publicou ontem declarações de um dos médicos do papa, segundo as quais João Paulo 2º sofreria de problemas psicológicos decorrentes do atentado sofrido em 1981.
Segundo a revista britânica, o médico Corrado Manni afirmou que o atentado "teve um efeito psicológico muito profundo que se manifesta agora".
"Se se é um homem de paz e alvo de um disparo, as consequências psicológicas são profundas, apesar de não serem evidentes de imediato", diz "The European".
As declarações foram desmentidas em Roma pelo médico. A revista aponta a decisão do papa de viajar a Sarajevo como ilustrativa da condição de João Paulo 2º.
"Nenhum homem normal em sua posição escolheria ir a Sarajevo neste momento. Estava obcecado e por razões psicológicas, não físicas', teria dito Manni.
Manni disse ontem na capital italiana que o papa está "profundamente perturbado" porque não pôde ir a Sarajevo, mas negou que ele ainda sofra consequências do atentado da praça de São Pedro.
Manni é chefe de anestesia da Policlínica Gemelli e participou de todas as cirurgias a que o papa foi submetido nos últimos 13 anos.
Polônia
Uma troca de mensagens entre o papa e o líder Leonid Brejnev teria evitado uma invasão soviética da Polônia em março de 1981.
A informação é do jornal polonês "Rzeczpospolita", que teve acesso a documentos da Stasi, polícia secreta da Alemanha Oriental.
João Paulo 2º teria conseguido que o sindicato Solidariedade desistisse de uma greve geral, condição imposta por Brejnev a ele para que o país não fosse invadido.

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