São Paulo, domingo, 9 de outubro de 1994
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Governo minimiza efeitos da seca em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

O governo do Estado tenta minimizar os efeitos da seca em São Paulo. Nelson Martins, pesquisador do Instituto de Economia Agrícola, afirma que as perdas não são tão grandes quanto dizem os produtores. ``É especulação para aumentar o preço dos produtos", diz.
Martins afirma ainda que o feijão que será colhido este ano deve ultrapassar as 81,6 mil toneladas produzidas em 93 e que, para o milho, algodão e soja, ainda há tempo para o plantio.
Segundo o governo, só o café estaria seriamente comprometido. Para o presidente da Faesp (Federação Agrícola do Estado de São Paulo), Fábio Meireles, ``o governo não sabe o que está falando".
Enquanto isso, o norte do Estado recorre às procissões para tentar acabar com a estiagem que dura 142 dias. A região já perdeu 75% do café plantado e 60% do leite que produz. Cerca de 2.200 hectares (2.200 campos de futebol) da região de Rio Preto arderam nos incêndios resultantes da seca.
A seca castiga também outras regiões (veja quadro). Nas cidades satélites de Ribeirão Preto, 70% do café está perdido e 1% do rebanho morreu. Na região de Campinas, o estrago também é grande. Cerca de 70% das pastagens estão afetadas e 10% das árvores da mata da serra do Japi queimaram.

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