| São Paulo, domingo, 9 de outubro de 1994 |
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Questão de pele
MARIA ESTER MARTINHO Se funcionasse para todos, o barbeador seria a solução definitiva para um problema eterno. Ninguém precisaria viver atrás de lâminas descartáveis e a operação poderia ser realizada em qualquer lugar, a qualquer hora. Mas a aparência de solução fácil costuma se desfazer rápido. Muitos homens reclamam que o barbeador não alcança pêlos em trechos angulosos, que irrita peles sensíveis e que não corta rente o bastante para deixar o rosto macio. A Revista da Folha convidou três homens que desistiram do barbeador para fazer uma nova tentativa com três exemplares importados: Philishave, Xenic e Hitachi. Com algumas vantagens sobre os nacionais, os três provaram que escanhoar não é mesmo sua especialidade. Leia abaixo o resultado do teste.M.E.M. PHILISHAVE 985. O roteirista de TV Júlio Rodrigues, 38, que abandonou os barbeadores há alguns anos –``eles não alcançam pêlos em lugares difíceis"– achou o importado superior aos aparelhos que já havia usado. ``Ele tem frestas em lugar dos tradicionais buraquinhos, o que melhora o barbear", diz. O visor que mostra a situação da bateria se provou útil; o manual de instruções funciona. O barbeador não irritou a pele, mas deixou alguns pêlos encravados. Apesar de agir com mais delicadeza e eficiência que a média dos barbeadores, o Philishave tem de muito parecido com eles o resultado final: não chega a garantir um ``escanhoar" perfeito, segundo Júlio. ONDE ENCONTRAR: G. Aronson (r. Conselheiro Crispiniano, 184, centro. Tel. 214-4988). Preço: R$ 183,00. XENIC. O músico e artista gráfico André Gordon, 33, testou o barbeador da Caléche. Achou o aparelho melhor do que todos os que já havia experimentado –sobretudo no que toca à sensibilidade da pele. ``Deixei de usar barbeadores porque eles arrebentavam minha pele", diz. ``Com esse, apesar de uma certa escamação, não tive problemas maiores". Os problemas foram de outra ordem: o design rebuscado se traduz em manuseio difícil; e Gordon demorou ``três vezes" mais tempo para fazer a barba com o aparelho do que leva usando lâmina descartável. Mais: teve que terminar a barba com lâmina, já que o barbeador não alcançou os pêlos do pescoço. ``Se não fosse por isso, até teria uma recaída", diz. ONDE ENCONTRAR: Caléche Presentes (Shopping Iguatemi, loja C-18. Tel. 210-3218). Preço: R$ 325,00. HITACHI. O mais compacto –e barato– dos importados testados surpreendeu o jornalista Marcelo Bizani, 28. ``Ele corta mais rente do que eu esperava", diz. ``Dá para enganar legal". Outra vantagem do aparelho sobre os barbeadores que já havia usado é o fato de ter um aparador, que ajuda no barbear dos trechos de acesso mais difícil (como a região entre a boca e o nariz). Além disso, o manuseio é fácil e, melhor, o aparelho não irritou a pele. O problema: a bateria durou tempo insuficiente para completar a operação. ``E o resultado ainda é inferior ao que obtenho fazendo a barba com a lâmina descartável –principalmente quando faço debaixo do chuveiro. A água quente ajuda a `abrir' os poros". ONDE ENCONTRAR: Studio Two Imports (r. Oscar Freire, 497, tel. 853-0572). Preço: R$ 51,00. Texto Anterior: GENTE NOVA NO PEDAÇO Próximo Texto: Prêmio Fachada divulga jurados Índice |
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