São Paulo, domingo, 9 de outubro de 1994 |
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Isadora Ribeiro estréia em `Pátria Minha' como a ingênua Cilene
MARCELO MIGLIACCIO
Cilene, segundo sua intérprete, ``é uma mistura de Marilyn Monroe com Cinderela" e vem ao Rio para realizar seu maior sonho: ser vendedora de uma butique de luxo. Em Itaporanga, cidade fictícia imaginada pelos autores, ela trabalha na lanchonete Frango Assado. Como tem medo dos homens e é rejeitada pelas mulheres do lugar, decide se mandar. Durante a viagem, acaba perdendo o ônibus e conhece Inácio (Felipe Camargo). De passagem pelo restaurante de beira de estrada, ele dá uma carona à moça. Desnecessário dizer que vai se encantar por ela. Quando chegar à cidade grande, Cilene se instalar no apartamento dividido por Albano (Pedro Cardoso), Heitor (Rodolfo Bottino), Alexandra (Alexia Dechamps) e Rodrigo (Fábio Assunção). Desnecessário dizer que Heitor e Albano também vão se derreter pelas formas generosas e pelo jeito ingênuo da nova moradora. ``Ela não tem malícia e não se toca que é bonita, talvez por isso vá ser muito engraçada", prevê Isadora, 29, que faz sua quinta novela na Globo. Diferente da personagem, a atriz transpira malícia e é bem consciente do impacto que causa nos homens. ``Não preciso fazer caras e bocas para ser sexy, está em mim. Vou ser uma velhinha sexy", diverte-se. Na cobertura dúplex de um prédio na divisa entre os bairros do Leblon e do Jardim Botânico (zona sul do Rio), Isadora recebe o repórter ao som da cantora irlandesa Enya –trilha sonora preferida de nove entre dez motéis. Articulando os lábios carnudos e irresistíveis, ela conta como chegou ao Rio, em 86, após deixar o pai fazendeiro, a mãe dona de casa e seis irmãos, no Paraná. ``Trabalhava como modelo, mas vi que vivia personagens ali. Comecei então a fazer cursos e a entrar na carreira artística", diz a atriz, que ainda ganha mais exibindo sua beleza em eventos do que na Globo. Em seu teste para o curso da diretora Bia Lessa, passou com sobras improvisando uma vaquinha que andava balançando os ombros e falando arrastado. Em 89, posou nua para a revista ``Playboy" e ficou nacionalmente conhecida. ``Ser capa da revista foi superbom, a não ser pelo meu pai, que ficou meses sem falar comigo", lembra a modelo e atriz. A bronca paterna, porém, não foi suficiente para tirar Isadora do ``mau caminho". Também não a inibem as pessoas que torcem o nariz para as suas atitudes. ``Os intelectuais têm muito preconceito com o trabalho de modelo, mas na minha conta bancária não há preconceito algum", diz Isadora. A porta de entrada para a TV foi o ``Fantástico". Isadora exibiu durante três anos e meio seu olhar lânguido na abertura do programa da Globo. Data dessa época o namoro com o designer gráfico Hans Donner, que, além do ``Fantástico", utilizou o corpo da musa para elaborar a abertura de ``Tieta". Hoje, o alvo da inveja dos seus ávidos admiradores é um administrador de empresas pernambucano, com quem ela namora há alguns meses. Texto Anterior: Globo inova na cobertura do mundial Próximo Texto: Atriz dá dicas a modelos Índice |
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