São Paulo, domingo, 9 de outubro de 1994
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Jaguar estréia novo XJ no Brasil

EDUARDO VIOTTI
ENVIADO ESPECIAL À GRÃ-BRETANHA

A Jaguar (a palavra é de origem tupi-guarani e significa onça) é, ao lado da Rolls-Royce, Bentley e da Land Rover (leia abaixo), parte da longa tradição automobilística britânica.
A marca recomeça a vender seus elegantes e caros modelos no Brasil amanhã, com preços entre US$ 106 mil e US$ 158 mil.
Coincidentemente, está realizando o lançamento mundial de sua nova série XJ de sedãs (quatro portas) de alto luxo e desempenho.
Os Jaguar XJ ganham novos motores, mais modernos e potentes, e ``cara nova", mais sofisticada e atraente que a anterior.
Os modelos voltam a assumir as formas arredondadas e sinuosas que fizeram a fama da marca, acabando com os cantos retos dos faróis e lanternas da versão anterior.
É difícil não se deixar embevecer pela mistura de tradição e tecnologia, luxo, acabamento artesanal e desempenho de um Jaguar.
Os carros são de muito bom gosto (raro em coisas de luxo). A cor mais tradicional da marca é o ``British Racing Green", verde escuro profundo usado nos carros de corrida da marca no passado.
Geralmente a cor é usada em combinação com o interior em couro Connoly macio em tom creme, com detalhes de acabamento de nogueira polida e envernizada, marchetada artesanalmente com frisos de madeira mais clara.
A marca retoma este ano o uso de madeira nos volantes, agora de acordo com normas de segurança.
Foram as leis de segurança (contra atropelamentos fatais) que baniram a escultura da pantera do capô dos Jaguar, especialmente daqueles destinados aos EUA.
Os motores que vêm ao país são o de quatro litros (4.000 cc) e seis cilindros em linha e o de seis litros (6.000 cc) com 12 cilindros em V.
Eles tiveram o sistema de gerenciamento eletrônico adaptado à gasolina brasileira, mas não perderam potência, segundo a fábrica. Oferecem respectivamente 249 cv (4.0) e 318 cv (6.0) de potência.
Em dirigibilidade, são impecáveis. A avaliação foi perturbada pela direção à moda britânica, com o motorista sentado à direita, tentando manter-se à esquerda na rua.
Mesmo assim, foi possível notar boa aceleração (em ambas as versões), retomadas eficientes e suspensão com excelente compromisso entre estabilidade e conforto.
Entre os poucos problemas, há a abertura parcial dos vidros das portas traseiras, a baixa altura da cabine para o passageiro do banco traseiro e o porta-malas, pequeno para o porte do veículo. Concessões da praticidade à elegância.

O editor de Veículos, Eduardo Viotti, viajou a convite da Jaguar e da Jaguar Cars do Brasil.

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