São Paulo, domingo, 9 de outubro de 1994
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Mola deve ser trocada a cada 60 mil km

ROSANGELA DE MOURA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Troque as molas a cada 60 mil km
Excesso de carga, estradas sem pavimento e amortecedor vencido diminuem vida útil da peça
As molas devem ser trocadas a cada 60 mil km ou a cada duas trocas dos amortecedores, segundo as lojas especializadas.
Existem basicamente dois tipos: a mola helicoidal (parecida com o arame em espiral de cadernos) e o feixe de molas semi-helípticas (conjunto de lâminas encurvadas).
Como as helicoidais apresentam problemas de perda de carga e as semi-helípticas, de quebra de lâminas, o período de troca pode variar com as condições de uso do veículo e das estradas e de uma manutenção preventiva.
Ao checar a suspensão, a cada 20 mil km, aproveite para verificar o estado das molas. Quando um elo (volta da espiral da mola) encosta no outro, significa que as molas perderam sua capacidade de absorção.
Excesso de carga, trafegar por vias sem pavimentação e amortecedores em mal estado de conservação são algumas das causas que diminuem a vida útil das molas.
São sintomas de molas fracas ou quebradas: carroceria inclinada para um dos lados; traseira ou a frente do carro baixas; direção muito dura; tendência a pular em pistas irregulares; som de pancada ao trafegar em pistas irregulares; falta de estabilidade em curvas.
Segundo Roberto Frizzo, proprietário da oficina especializada Molas ``FF", cada modelo de veículo possui um tipo de mola diferente. Elas se diferenciam na espessura, altura e carga.
Os veículos mais antigos tinham suspensão por feixes de molas na frente e atrás, depois passaram a ter o sistema apenas na traseira (caso do Fiat Uno). Hoje a maioria usa molas helicoidais. As picapes atuais ainda conservam feixe de molas na traseira.
Frizzo afirma que as molas não podem ser recondicionadas e que o ideal é substituí-las aos pares (nunca trocar só a peça avariada).
O serviço de substituição das quatro molas é feito, em média, em duas horas.

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