São Paulo, quinta-feira, 13 de outubro de 1994
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`Vítima poderia ser o cachorro'

DA REPORTAGEM LOCAL

O psiquiatra Ricardo Moreno, da Faculdade de Medicina da USP, não vê nos casos de assassinato dos pais uma reação direta contra uma suposta tirania da família.
``Esta é uma interpretação psicológica que reduz a complexidade dos fatos. As pessoas oprimidas normalmente buscam formas de fugir desta opressão sem ter de matar os pais. Nem sempre há uma relação direta entre e o agressor e a vítima. Ele poderia ter matado um cachorro ou a vizinha."
No caso do estudante Gustavo Pissardo, Moreno não descarta a hipótese de lesão cerebral. Quando o sistema límbico é afetado –como teria concluído um exame– a pessoa ``fica sujeita a reações impulsivas e a outros transtornos mentais."
Para o médico, no entanto, ``a lesão não explica tudo". ``Para se estabelecer uma relação direta entre a deformação e o ato cometido serão necessárias outras avaliações psíquicas e mentais do paciente."

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