São Paulo, quinta-feira, 13 de outubro de 1994 |
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Guerrilheiros, terroristas e 500 mil soldados estão na região
ARTHUR VERÍSSIMO
Estabeleceu-se um acordo no qual um referendo popular decidiria o futuro político da região, mas este acordo nunca se concretizou. No aspecto estratégico, Caxemira é de suma importância tanto para a Índia quanto para o Paquistão e sua perda é inadmissível para ambos. O Paquistão foi consolidando sua força e domínio na Província da Fronteira Noroeste, enquanto o regime pró-indiano de Srinagar, capital de Jammu e Caxemira, não só confirmou sua total aproximação com a Índia como abriu mão de seu status especial de semi-autonomia. Em 1965, outro confronto entre os dois países eclodiu na região devido a um protesto da população local, de maioria muçulmana, contra o governo estadual. Estava dado o início a outra guerra indo-paquistanesa. Com a forte pressão diplomática internacional para a suspensão do conflito, os dois governos concordaram em retirar as tropas e retornar à situação anterior à guerra. A partir de então, o Paquistão inclinou-se para o bloco árabe-muçulmano, numa época em que o expansionismo islâmico se consolidava. Em 1990 um confronto entre a população e o governo indiano quase precipita uma nova guerra. Atualmente a situação é muito tensa, com diversos grupos guerrilheiros e terroristas na região e uma intervenção militar gigantesca feita pelos indianos. Calcula-se que haja mais de quinhentos mil militares na região –com o agravante de os países possuírem armas atômicas. (AV) Texto Anterior: Casas-barco no lago Dal viram hotéis flutuantes Próximo Texto: País registra prisões ilegais, morte e tortura, segundo Anistia Índice |
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